Ouro Preto e falta da globalização

A cidade de Ouro Preto é patrimônio histórico e artístico nacional e da humanidade.  É considerada, no circuito turístico, uma das cidades históricas mineiras. Sobre o espaço são atribuídos vários símbolos e imagens em torno dos quais se constroem vários discursos que procuram e pretendem caracterizar e classificar o chamado acervo nacional.
O conjunto do patrimônio é formado por monumentos civis e religiosos, museus, chafarizes, e bens imóveis, sobretudo esculturas e ornamentos religioso, os quais representam as encenações e os cenários de memórias e histórias que pretendem apresentar as raízes e tradições brasileiras.
E com toda essa estrutura cultural e histórica não demorou muito para que Ouro Preto fosse uma das cidades mais visitadas do estado de Minas Gerais, e com o turismo em predominância, praticamente todos que vivem na cidade têm seu sustento tirado do turismo. Além de gerar formas de trabalho direta e indiretamente o turismo tem como seu grande aliado a população local da cidade que preserva e manter as culturas e estruturas locais.
Mas a população local nem sempre está satisfeita em morar numa cidade turística/histórica, pois com essa conservação do antigo, do barroco, da cidade relembrando séculos passados, faz com que empresas multinacionais não procurem Ouro Preto para a construção de uma filial em sua cidade. E esse fato ocorre por vários motivos e um dos mais importantes é a preservação da estrutura e forma barroca da cidade gerando assim o seu não desenvolvimento, causando até certo prejuízo para o turismo local, pois o turista quando visita a cidade percebe o grande desfalque que a cidade tem em questões de estrutura para que possa receber melhor o turista.
Com isso a população que mora no local se rebela, pois são eles que enfrentam as necessidades do dia-a-dia com a falta de infraestrutura e investimento do governo no comércio na instalação de shopping, empresas multinacionais e etc.